A Baía de todos os Rocks

terça-feira, 9 de novembro de 2010


No ano de 2008 nasceu o Prêmio Bahia de Todos os Rocks e eu achei uma idéia genial, ainda acho, e aí abriu as inscrições, muita gente do interior se inscreveu, minha banda também, e quando enfim sai o resultado, decepção, não se tratava de uma festa do rock baiano, e sim do rock feito em Salvador. Dois anos se passaram e vem de novo o mesmo prêmio, desta vez mais incisiva na divulgação pelo interior da Bahia, novas expectativas, centenas de bandas inscritas, também do interior e de novo, decepção.


Onde está o rock baiano? De novo o rock feito em Salvador é premiado, indicado e de novo me questiono porquê? Os argumentos já sei de có, a produção no interior não tem qualidade, é inferior ao produzido em Salvador. Tudo bem, pode até ser, mas se a qualidade não é das melhores, não há como fugir disso, esse é o rock baiano, essa é a realidade do rock feito na Bahia, a menos que o BTR trabalhe com recorte, mas se o prêmio pretende vislumbrar essa cena baiana, tem que saber dessa diferença, excluir todas as bandas de rock do interior baiano, é afirmar que não existe rock fora de Salvador e aí eu questiono cada um dos membros do juri. O que eles sabem do rock feito no interior da Bahia? O que eles sabem do rock de Feira de Santana ou do rock feito em Vitória da Conquista, em Coité, quais são as referências históricas locais? Quem são nossos dinossauros? Com certeza eles não sabem.


O júri do Prêmio BTR está entre amigos, está num ambiente que respiram a 10, 20 anos, o juízo de valor é instintivo. Assim como Ricardo Cury é um músico referência na capital, para a maior parte das bandas de rock no interior baiano não significa nada, é um nome estranho, com raríssimas exercções , quase todos os indicados são referências locais, quem é Paulinho Oliveira? Os jornalistas que fazem parte do juri também, formados na UFBA, diretamente inserido na cena da capital e mais nada. É algo raríssimo ter uma matéria com uma banda vinda do interior, não existe essa preocupação, se o prêmio continuar nesse rumo, nunca terá uma banda do interior presente, nem nunca teremos uma banda realmente de qualidade no interior baiano, pois se não há exposição das bandas, os frutos dessa exposição não vem também obviamente e se os jornalistas e jornais como Correio da Bahia e Jornal A Tarde que circulam no interior também não estão nem um pouco preocupados com o que é produzido no interior baiano, lógico que só teremos bandas da capital em um prêmio como este. Ou deixaremos de ter bandas inscritas no evento por desacreditar no prêmio. Podem me chamar de chato e de reclamão, mas eu vou continuar brigando por maior democratização destes espaços, afinal a Bahia é mais interior que capital e enquanto não começarmos a brigar por isso, vamos continuar marginalizados.

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The Baggios - O Azar me Consome (2010)

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Desde que ouvi Baggios pela primeira vez, achei fantástica a banda. Julio é um grande guitarrista e Gabriel é excepcional também. Eu vi Gabriel fazer um show aqui em Feira com a Plástico Lunar sem ensaiar e foi surpreendente a participação dele, o cara é muito bom mesmo. Então em se tratando desta dupla, não dá para não criar expectativa quando se anuncia que um novo trabalho estar por vir. O aperitivo já está pronto, é o single “O Azar Me Consome” com lançamento nacional previsto para hoje, 23 de julho e está sendo lançado em conjunto com a Brechó Discos aqui da Bahia e o Fora do Eixo Discos. Além da faixa título, vem de bônus nesse trabalho, “Can’t Find My Mind” (Versão da pesada de uma música da lendária banda The Cramps) e “Canção dos Velhos Tempos” (a qual vem com um pé no folk e o outro no Blues Raiz). Essas três faixas são uma bela amostra do que vem por aí, peso, muito groove, a guitarra incendiária de Julio e seus riffs certeiros que no single só se cala na última faixa para dar lugar a uma viola e uma flauta, encerrando o trabalho com um ar bem bucólico. Eu pessoalmente gosto muito das músicas cantadas em português, espero que o novo disco esteja recheada delas. Mas minhas preferências a parte, esta aí para acalmar os ânimos de quem espera ansioso o novo disco da dupla sergipana, o novo single do Baggios “O Azar me consome” .


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Simona Talma - A moça mais vagal que há

quinta-feira, 22 de julho de 2010



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Bem, eu tenho deixado meio de lado o blog, por conta da correria com trabalho, universidade e a banda, mas posso demorar mas sempre apareço com algo que vale a pena, dessa vez vou deixar aqui o disco de Simona Talma, quem quiser conferir a resenha que fiz para o blog da Revista Transa é só dá um click AQUI . O disco é excelente, vale muito a pena conferir.

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Doctor Dance - O novo rock de Feira

domingo, 30 de maio de 2010

Se tem uma coisa que nunca vingou em Feira de Santana foram as bandas covers, quando o assunto é rocknroll, a cena da cidade sempre sobreviveu com bandas autorais. Muitas bandas que fazem parte da história do rock feirense tem canções lembradas até hoje, nomes como Belzeblues, Filhos da Erva, Lp & os Compactos, só para citar alguns nomes, podem muito bem exemplificar o que estou dizendo. Doctor Dance é o mais novo nome deste cenário e vem para confirmar que o rock na cidade está se renovando mas sem perder essa predileção pela veia autoral. A banda tem pouco tempo de existência, 7 meses para ser exato, mas no seu repertório já conta com pelo menos 5 canções da banda, completada por covers de bandas que na sua essência definem a sonoridade da Doctor Dance, são elas Hellacopters e Forgoten Boys, e a banda realmente tem um som fruto desse cruzamento, o que resulta em um rocknroll sem muito requinte, é simples, direto e pulsante. A banda já se prepara para lançar seu primeiro single, um EP irá sair até o fim do ano, ou seja, Doctor Dance renova a cena de Feira com seu aparecimento, mas ao mesmo tempo mantém como numa tradição a força criativa que sempre foi a principal característica das bandas em nossa cidade.

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The Don's - OS MATEIROS SONOROS DA FEIRA

sexta-feira, 28 de maio de 2010


EXPLODINDO PEDRAS NO JECA TOTAL


Encerraram ontem as Audições da Itapororoca , a dupla de Djs, The Don's fizeram das noites de quartas e quintas no Jeca Total um belo laboratório musical que deu muito certo. Fizemos este bate papo com Don Maths, um dos mentores dessa empreitada e que também faz parte do Coletivo Feira, confiram a entrevista e saibam quais serão os proximos passos da dupla e também qual o balanço das Itapororocas lá no Jeca.



Um Dia Blue - O Mês de Maio foi bem especial para os freqüentadores do Jeca Total, com as Audições da Itapororoca. Primeiro me explica o porque do nome, de onde veio a idéia dele e me conta qual o balanço que você faz dessa temporada lá no Jeca?


Don Maths - Bem, Itapororoca. Nada é por acaso, e todos os nomes possuem revelações diversas, assim é conosco. Esse nome possui uma força incrível se formos analisar, a começar pela etimologia derivada de um idioma extinto, mas particularmente em nosso contexto, me remete também lá as minhas origens, tenho metade do pé fincado na antiga Vila de São José das Itapororocas, Sede do Distrito de Mª Quitéria, Zona Rural aqui de Feira de Santana. Parte de minha família é de lá, e lá passei boa parte da infância, felizes finais de semana com os avós como todo moleque que tem o privilégio de viver as peraltices na Zona Rural, nessas andanças lá no campo, era comum de se ouvir hora ou outra, as explosões de dinamite ao fundo, vindas das atividades na Pedreira que leva esse mesmo nome: Itapororoca... Bem em ruídos dessas pedras que ecoavam desde a pedreira, eu já ouvia discos da família, discos muitos que hoje passaram pro meu cuidado, na época em que decidimos montar um Sound System sobre esses moldes analógicos desde as Turn-tables com os Vinis, esse nome me veio por algum meio, acho que em uma aula de cultura brasileira falando sobre o significado das palavras em Tupi-Guarany, Ita significa Pedra, Pororoca significa explosão, ou barulho. Essa informação foi um batismo do próprio destino, porque caiu como uma luva, Toda identidade dos nossos projetos sonoros, musicais, todas essas experiências funcionam na metáfora da "explosão das pedras", visto que na nossa cultura de "Mateiro" a música é como uma pedra, viver de música/audio, é como se tirar leite de pedras, é uma atividade que transcende a reinos mineral , animal, vegetal, tem muito da carga do espírito, assim como dos elementos da natureza junto a arte.

UDB - Um dos objetivos era usar as audições como laboratório para montagem de uma mixtape que vocês pretendem lançar no segundo semestre. Essas apresentações serviram para fazer uma pré-seleção desse material?

Don Maths - Sim e mais, essas Audições estão servindo pra disseminar uma gama imensa de idéias, que vão bem além da pré-seleção pra Mix-tapes, até mesmo na nossa formação musical e pessoal,
é porque é uma pesquisa de um mosaico de culturas a partir de música produzida aqui no Brasil, com todos outros sentidos aguçados através da audição, são muitas as informações que circulam no nosso campo perceptivo, através de nossa música quando em contato com os Discos, esteticamente sob várias roupagens e contextos, mas tudo genuinamente brasileiro. São duas arcas de discos abertas,em torno de 150 Lp's nossos, fora os incontáveis de João Eudes (dono do Jeca Total), que disponibilizou seu acervo particular pra nossa difusão. Cada material funciona como peças de quebra-cabeças pra qualquer Dj ou produtor musical, é como se estivéssemos em uma biblioteca em que seus autores nos lessem em voz alta seu conteúdo, pra nossa compreensão, ou não, tocá-los envolve a nossa técnica. Essa técnica nos possibilita incorporar espíritos de luz, compreensão, sabedoria, elevação sobre a nossa cultura, além de imaginar a seqüência exata de um set qualquer.

Há uma certa responsabilidade em querer transmiti-los, são valores importantes que estão ali contidos, por isso o processo de garimpagem e lapidação só está ainda começando. A depender da temática, tudo vem se forjando pra que aconteça da melhor forma em nossos registros.
Pra gente é o funcionamento correto e consciente dos dons humanos sobre as máquinas

UDB - A realização dessas ambiências com discotecagem que foram feitas é algo novo em Feira de Santana, o público reagiu bem? Curtiram? Como foi essa interação durante essas quartas e quintas de maio no jeca?

Cara, sou meio chato e suspeito pra falar,mas tem sido bem especial tudo, realmente foi uma novidade espantosa nos primeiros dias, o que levou muitos curiosos a experimentar do ambiente nos meios de semana, lotando o bar. Agora o público tem sido mais seletivo por se tratar de pessoas que se identificam ou simpatizam de verdade e cultuam o vinil juntamente com a música brasileira, ou seja, tem atraído um grupo específico e variado além de agradar também os fiéis freqüentadores do Jeca Total. Nessas ambiências notamos que atendemos uma certa demanda, suprindo nossas carências e também as de alguns órfãos da cultura dos discos que por lá aparecem, e tem sido bem legal toda interação. Lá com e entre os freqüentadores conversa-se sobre varias curiosidades no mundo da musica, vidas e obras e o universo da discotecagem, atendemos pedidos sempre q podemos e temos contado inclusive com apoio de amigos e colegas que tem levado seus Lp's da coleção pra ouvi-los tocando conosco enquanto degustam da noite, e o próprio Eudes o proprietário, retornou seu entusiasmo pela idéia e promete reinserir de vez a propagação de seus lps como atrativo do espaço em breve. O clima tem sido agradabilíssimo e a missão está sendo 100% seminal.
UDB - Don Guto e Don Maths, aproveitando, conta pra gente como surgiu essa parceria, e quais as próximas intervenções da dupla? Como estão de projetos.

Dom Maths - Surgiu ano 2000, Tínhamos uma banda de Metal alternativo "Prolix", que eu cantava e tocava guitarra e não tinha baixista, mas Don Gutão era só skatista e gostava dos sons, vendeu o skate e comprou um baixo que parecia um berimbau pra aprender a tocar e entrar no grupo, dae nunca mais deixamos a parceria, a banda acabou, fizemos outra de rock, outra de reggae e ska e soul e funk"SEMIDJA", até q em 2007, por problemas de desfalque de integrantes, trancamos os projetos com banda pra se dedicar a montagem de um Sistema de Som com moldes jamaicanos, Só o DJ e o MC faria o trabalho, que agregasse novas tecnologias e experimentos e animasse eventos, dae Fizemos os "The Dons Sound Systema", comprando pouco a pouco equipamentos, semi profissionais, de início, passamos a tocar em casa, em festinhas de amigos, mas sempre levando a sério, aperfeiçoando idéias e técnicas, junto ao conhecimento sobre sonoplastia e técnicas de audio. Hoje a idéia foi expandida por mais elementos de ativismo com a propagação da artes em elemento fusão, como manda o Movimento Hip-Hop em suas origens.Adaptadas a nossa realidade. Os projetos vão se encaminhando a ações de intervenção e registros de studio, pretendemos esse ano mixar e gravar nossos sons, produzir com nossos amigos e colaboradores, muita idéia sendo amadurecida, semi-prontas pra rolar, mas o grande empecilho ainda é a falta de investimento.

Sobre as próximas intervenções da nossa agenda: É bom dizer que não estamos sós na caminhada, Sábado(29/05) a tarde na Frente de Câmara de Vereadores os Broders do Roça Sound Vão tá fazendo intervenção sonora na Budega do Dádá aqui em Feira, vamos tá lá prestigiando!

Em Camaçari Sábado a noite 29/05, estarei(Don Maths) com O Clube de Patifes e Aluga-se, na Casa de Taipa no evento "Só as mães são felizes"

E no próximo Domingo(30/05) estaremos também no Buteco Umburanas na Cidade Nova –Feira de Santana, The Don's Discos encerrando a temporada na Domingueira da Itapororoca com grandes convidados especiais, O maior Crew de Dj's da Cidade, genuínamente Old School, Parceros de caminhada: Roça Sound, DJ Criolo(Afrodescendência), Dj Zói(Efeito Zumbi) , Dr. Funk'Stein e Seu Dí Seletor, a partir das 3 da tarde, a gente se vê e se ouve por lá!

Em Junho data indefinida, mas realizaremos a volta do Bailado da Itapororoca, Um baile black como nunca se viu antes nessas banda de cá! breve mais informações, aguardem!

Em Julho dia 10 acho que posso adiantar que estarei na Confraria Du Balanço ,no Sebo Praia dos Livros no Porto da Barra em Salvador.

UDB - Dia 27 de Maio, ontem, foi a ultima da temporada, o público pode criar expectativas para uma próxima apresentação? Existem planos para uma nova temporada no segundo semestre de 2010?

Don Maths - Bem, primeiro antes de tudo nós gostaríamos de agradecer a todo mundo que colaborou pra que isso estivesse acontecendo, todos que de alguma forma acreditaram e nos contactaram, nos influenciaram com algum tipo de energia durante esses saudosos encontros. Eu espero que a gente se encontre muito mais vezes novamente, criando ou não expectativas, mas garanto que como simples curiosos, tentando prestigiar o nosso trabalho vão se surpreender sempre. Porque espero que estejamos melhores a cada dia tirando nossas idéias do papel pra intervir e tentar agradar seus gostos refinados, com muitas pedradas juntas a nossa rica e desvalorizada humildade.

Os planos são de manter sim ativa e intensa as intervenções da ITAPOROROCA com os projetos dos The Don's Discos e os Dons Som Systema, realizando novas audições ,bailes e manifestos multimídia pela cidade, ambientando espaços que nos ceda equilíbrio e uma tomada de energia para manter viva nosso trabalho na propagação dos dons auditivos, também registrar em audio muitas dessas atividades. Fiquem atentos para as chamadas da Itapororoca, a qualquer momento, nos próximos meses, muita coisa está por vir e somente juntos somos nós mesmos.

UDB - Don valeu pela entrevista, fica aqui o espaço para suas considerações finais. Grande Abraço.

Don Maths - Valeu vocês, mais uma vez muito grato pelo espaço! Gostaria apenas dizer pra galera, que mantenha antenada a força sobre a cultura dos Sound Systems na nossa cidade, apoiando e jogando mensagem positiva adiante. Agradecer aos parceiros que nos dão maior força em atuar com nossos sonhos: JECA TOTAL - O Bar, Buteco Umburanas, Feira Coletivo, Blog Terra de Lucas, Revista Transa, Café Literário A SENZALA, Nossas Famílias e amigos, E todos que sabem quem são, um por um!Vida longa!!Positivações mil!
CULTURA LIVRE É PRA QUEM É LIVRE!! DISCO É CULTURA!

RESPEITEM OS MAIS VELHOS, MULHERES E CRIANÇAS!


Myspace Don Maths - http://www.myspace.com/donmaths

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NOITES BAIANAS - CAMAÇARI E FEIRA DE SANTANA JUNTOS

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Alcatéia Produções, Coletivo Feira e Capivara Coletivo (Camaçari) se unem numa proposta inovadora e audaciosa, fazer um evento com 10 atrações em dois dias, em duas cidades Camaçari e Feira de Santana, é partir dessa idéia que nasceu o projeto NOITES BAIANAS, muita música, reunindo bandas de várias cidades do interior e mais a capital, será a primeira edição de muitas, ampliando cada vez mais a conexão entre interior e capital, unindo e fortalecendo cada vez mais a música independente feita na Bahia. Com vocês:







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The Pivos - Camaçari - BA

terça-feira, 25 de maio de 2010


Em 2008 a The PIVOS inicia suas atividades na cidade de Camaçari/Ba, de forma muito energética e divertida. Um power trio muito visceral e coeso tendo como influências bandas de punk rock 77' tem arrancado bons comentários do público em suas apresentações. Esse mês a banda estará lançando seu primeiro single: The PIVOS, será lançado VIRTUALMENTE pela BRECHÓ DISCOS com apoio de vários sites/blog's/revistas... O single antecede o lançamento do EP que provavelmente deverá sair entre junho/julho de 2010. A banda tem se destacado no cenário, tocando em vários shows/festivais em salvador, região metropolitana e interior baiano, tendo inclusive recebido convites para festivais em outros estados. Taí a oportunidade de ouvir um bom punk rock simples e direto sem doer os ouvidos.




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Clube de Patifes - Do palco ao balcão (2001)

segunda-feira, 24 de maio de 2010

“ Do palco ao balcão”, o primeiro disco do Clube de Patifes lançado em 2001. Um marco na carreira e um dos melhores discos independentes lançados naquele ano no país. Fica parecendo autopromoção já que sou baixista da banda, mas antes de fazer parte do grupo, eu já afirmava isso para os quatro cantos, em blogs e no fanzine impresso que eu tinha na época, o disco é bom mesmo, pode baixar e ouvir. Quando ele saiu eu era apenas um admirador da banda e nem sonhava em fazer parte da mesma. Hoje sendo parte do Clube de Patifes e ouvindo dos dois componentes remanescente da época e atuais companheiros de estradas e irmãos, Paulo de Tarso e Pablues, foi uma gravação cheia de altos e baixos, com saídas e entradas de músicos, mas para nossa sorte e dos fãs da banda o disco não foi afetado, os arranjos são ótimos, o trio de Naipe é perfeito, Danilo 20 dedos é um gênio no piano e arrasa em músicas como Fele-me, blues songs, só para citar algumas, a guitarra ficou a cargo de Fred Barreto, grande bluesman de Salvador. Este disco é bem linear, o que se ouve é um Rhythym blues de muito bom gosto. Eu vejo este album como um tributo ao blues feito à maneira do Clube de Patifes, sem ser ortodoxo. Quem acompanha a banda ao vivo percebe como ela é visceral no palco e como a música é diversificada, não nos prendemos a nada além do que ouvimos, todas as nossas referências musicais estão contidas na música do Clube de forma escancarada ou sutil, com as mudanças na formação, a banda agora tem uma pegada mais rocknroll, mas não foge da suas raizes, está mais suja, mais pulsante e o novo disco mostra um pouco essas mudanças. Em breve postarei o segundo disco da banda. Enquanto isso aproveitem "Do palco ao balcão" grande disco (sem exageros) do blues nacional.



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OTTO - CERTA MANHÃ ACORDEI DE SONHOS INTRANQUILOS

terça-feira, 4 de maio de 2010


Este é o novo disco de Otto, grande artísta pernambucano e que figura entre os que, lançados pela gravadora TRAMA, deram uma chacoalhada no mar de coletâneas e acústicos que ainda persiste na nossa velha Música Popular Brasileira. Mas Otto andava em silêncio, o último disco, Sem Gravidade, saiu a 6 anos, depois disso, uma sucessão de acontecimentos em sua vida pessoal deixaram Otto um pouco quieto. Recuperado, veio a briga com a gravadora e a decisão de lançar este novo album de forma independente. Quem gostou dos cds anteriores do pernambucano não vai se decepcionar com "Certa manhão acordei de sonhos intranquilos". Os gemidos das noites intranquilas de Otto é o que nutre o disco, é o fio condutor, mas este sofrimento foi convertido em belos versos, como em 6 Minutos "e até pra morrer você tem que existir" , ou Lágrimas Negras "Lágrimas negras saem, caem, dói, são como pedras de um moinho, que moem, roem, dói", só para citar algumas.
Para realizar este novo album Otto se cercou de grandes nomes da nova MPB, como o Fernando Catatau (Cidadão Instigado) presente em faixas como "Filha" e "Meu Mundo Dança", a cantora Céu adoça "O Leite", Lirinha (Cordel do Fogo Encantado) em "Meu Mundo Dança" deixa sua marca recitando versos como um genuino poeta do sertão nordestino. Pupillo e Dengue (Nação Zumbi) participam do album assim como a mexicana Juliana Vegas. O mais legal desse novo trabalho é que Otto está mais à vontade, fala de suas dores sem medo, e essa sinceridade deixou o disco bonito, leve, e toda esta leveza é devida justamente ao fato do disco ter sido usado como catalisador de tanto pesar, o provérbio que afirma que "Quem canta os males espanta" cai como uma luva para ele exorcizar em 10 faixas todos os seus demônios.

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PS: essa postagem é do ano passado mas deu um up porque atualizei o link

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Apanhador Só - idem (2010)

quinta-feira, 29 de abril de 2010


Enfim podemos comemorar! Cadê os fogos de artifício gente? Podem preparar os canhões, pois enfim 2010 fez uma graça! Saiu o álbum de estréia da banda Apanhador Só e este abençoado petardo é sem dúvida o melhor disco lançado até o momento, sei que você leitor, provavelmente não havia ouvido falar desta banda até o momento, nem eu, mas é este meu instinto curioso que às vezes me presenteia com coisas assim, já estava até desanimado, tem sido um saco acompanhar os lançamentos este ano, um tsunami de discos insossos, repetitivos, chatos, sem graças, tem invadido a internet, muitos blogs e sites festejando uma mesmice sem fim. Mas as nuvens negras passaram e uma banda lançou algo realmente bom, um disco ensolarado e cheio de ótimas canções e para minha maior surpresa e até orgulho, trata-se de uma banda nacional. Claro que o grupo não é um berço de originalidade, mas este álbum homônimo e contendo 13 faixas é sem dúvida nenhuma o melhor disco lançado até o momento, falaram em Superguidis, fizeram uma festa, ah, vocês precisam ouvir algo bom de verdade. Neste trabalho é quase impossível escolher uma canção preferida, os caminhos deste apanhador solitário já se abrem com O Rei e o Zé, linda, ótimos arranjos e, eu juro, só precisa ouvir uma única vez o refrão “E eu, que andava assim tão zé, deixei que tudo fosse e decidi olhar pra frente” para que ele se repita automaticamente a semana inteira em sua cabeça. E sabe o que é melhor, esta é apenas a primeira faixa do disco, e ele segue assim viciante através de Pouco Importa, Prédio, Maria Augusta, com ótimas letras, belos arranjos de guitarra, melodias marcantes, com um excelente vocalista e uma energia pop rara, e ainda, com uma produção cuidadosa e de muito esmero, essa receita, sem dúvida torna o álbum de estréia destes gaúchos algo realmente memorável. Não perca tempo lendo este texto não, faça o download e tire suas próprias conclusões.

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FERVURA FEIRA NOISE - DIA 21 DE ABRIL

terça-feira, 13 de abril de 2010

O Feira Coletivo Cultural nasceu no início de 2010 com intuito de fomentar e desenvolver atividades culturais em Feira de Santana. Entre os projetos do grupo está o Feira Noise Festival que terá sua segunda edição realizada em outubro deste ano. Com intuito de tornar cada vez mais forte o festival, o Feira Coletivo irá realizar aquecimentos para o Feira Noise durante o ano, foi a partir dessa idéia que nasceu o projeto FERVURA FEIRA NOISE. A primeira data para o FERVURA já está marcada e será realizada em parceria com o Circuito Fora do Eixo.

Nosso primeiro aquecimento fará parte da 2ª Tour Nordeste Fora do Eixo e contará com as duas mais badaladas bandas do cenário independente nacional na atualidade.

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A MiniBox Lunar vem do Amapá e foi uma das bandas mais comentadas em 2009. Participou dos principais festivais independentes pelo Brasil no último ano e é presença garantida em 2010 em festivais como BANANADA e ABRIL PRO ROCK. O sonoridade é um Pop Folk Rock Psicodélico Tropicalista, isso mesmo, a influencias são diversas, mas este caleidoscópio sonoro é iluminado por nomes como Secos & Molhados e Mutantes e porque não citar também Caetano, Carmen Miranda? A banda não tem limites, entre marchinhas carnavalescas, baladas lisérgicas, valsinhas psicodélicas, doces melodias, guitarras discretas e um ar retrô todo especial o grupo empolga qualquer platéia com as texturas e sons ainda não vistos e ouvidos nas bandas de cá, pelo menos ao vivo e com muitas cores.

Myspace: http://www.myspace.com/miniboxlunar

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Nevilton é uma banda paranaense e como a maioria das bandas vindas da região sul é fortemente influenciada pelo rock inglês principalmente Beatles, The Who, e coisas mais novas como Arctic Monkeys, mas o trio também bebe em outras fontes e nomes como Pixies, Cake, Los Hermanos, Hellacopters, Pavement, Razorlight, com certeza virão a sua cabeça assim que ouvir o EP lançado pela banda no ano passado PRESUPOSTO, ou ao vê-la ao vivo, diga-se de passagem, ao vivo é onde a banda é simplesmente fantástica, extremamente performática e com uma energia sonora incomparável, não é à toa que a banda desde 2009 não para, esteve presente em grandes festivais e este ano continua seu giro, se apresentando nas principais cidades do nordeste.

Myspace: http://www.myspace.com/nevilton

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Clube de Patifes já é um velho conhecido do público feirense, por tanto dispensa apresentações, nos seus já 12 anos de existência a banda faz um bluesrock energético e em português para nenhum fã do bom e velho rocknroll botar defeito, apresentando seu novo show que conta com a participação do DJ Don Maths, o mais novo sócio do clube, a banda só surpreende a cada apresentação e com certeza não será diferente no próximo dia 21 de Abril.


Myspace: http://www.myspace.com/clubedepatifes



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Calafrio surgiu em 2005 liderada por Siddartha Guatamma e Pedro Patrocínio vai estar presente na primeira edição do Fervura Feira Noise completando a grade de atrações do evento. Com guitarras furiosas, muita melodia e uma pegada pop viciante, a banda mostra em suas composições influências diversas, de Beatles a Foo Fighters, mesclando o clássico com o novo tornando impossível você não vibrar com canções como Valet, Ácido, A+B, entre outras canções que já viraram verdadeiros hits locais e itens obrigatório no repertório do grupo. Neste 5 anos de estrada a banda já tem na bagagem dois trabalhos, o primeiro Ep chamado “Para ambos os lados” e em 2008 lançaram o álbum homônimo “Calafrio” com 11 faixas.


Myspace: http://www.myspace.com/calafrio

FERVURA FEIRA NOISE:

DATA: 21 DE ABRIL

LOCAL: BOTEKIN TEMATIC BAR – AV. JOÃO DURVAL CARNEIRO S/N – Próximo ao Antigo Bingo Feira.

HORÁRIO: 17 H

Ingessos: Antecipados R$ 8,00 à venda no Shopping Boulevard

Mais informações: http://feiracoletivo.blogspot.com/ - http://twitter.com/feiracoletivo

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Blue Sheep - A Ovelha Azul Paraibana

quinta-feira, 25 de março de 2010



Blue Sheep é um powertrio de Hard Blues, assim como a Cerva Grátis, também lá de João Pessoa na Paraíba. A banda nasceu em 2008 e era formada por três garotas, Eveline Lúcia (Guitarra), Liane Gabriela (Bateria) e Beatriz Bento (Baixo e Vocal). Lembro-me de ter visto o myspace delas e fiquei de cara, curiosíssimo para ouvir o som da banda, na época ainda não haviam lançado nenhum registro, mas o que despertou meu interesse foi justamente as influências da banda, as melhores possíveis, Deep Purple, Led Zeppelin, Grand Funk, ou seja, as maiores bandas dos anos 60 e 70. Alguns vídeos na pagina da banda mostravam covers dos grupos citados acima. Falando sobre esta escola que as formou musicalmente em um bate-papo que tive com a guitarrista via email, ela diz que as primeiras influências vieram de um buteco que tinha perto de sua casa onde velhos bêbados tocavam MPB, mas as influências que foram alicerces para a sonoridade da Blue Sheep, veio com o tempo segundo Eveline “é tanto que quando começamos a Blue Sheep não tínhamos um estilo definido, mas tínhamos influências que queríamos tirar uns covers como Deep purple que você citou e o Steve Ray Vaughan.” O mais legal delas é que apesar de ouvirem as bandas contemporâneas não se conformaram só com estes nomes e foram mais a fundo, pesquisando quem influenciou seus ídolos, o resultado foi este, terem contato com grandes nomes do blues de raiz e do blues rock do anos 60 e 70. “Particularmente comecei a escutar heavy metal cedo, por influência de vizinhos. Eles gostavam muito do Metallica. Como sempre fui curiosa e sempre andei em sebos atrás de discos desde meus 15, 16 anos, tenho 20 hoje, "acho que não vou deixar nunca de fazer isso (risos)". Fui procurar as influências dos integrantes do Metallica e o Lars (o batera) gosta muito do Motorhead e do Deep purple, conheci as bandas lendo entrevistas deles e até hoje adoro ambas as bandas, já Lemmy do Motorhead por sua vez gosta de bluseiros como Jimmy Reed e ‘rockeiros’ antigos que andavam com bluseiros como Chuck Berry e Muddy Waters. Enfim é uma questão de ciclos. Sempre estou buscando sons e coisas novas que não conheço e o que me agrada faço download, compro vinis ou cds em sebos e tudo vai fluindo e funcionando”. Afirma Eveline.
Sei que o resultado disso tudo, de ter contato com o velho e o novo, foram as principais causas da Blue Sheep ser o que é hoje. Levou pouco mais de um ano até que eu pudesse ouvir a primeira demo da banda, esta que vos apresento aqui e que contém duas pedradas, e é uma das melhores coisas que ouvi este ano. Hard Rock do bom! E contém tudo que uma banda do estilo tem direito, ótimos riffs, muito groove, peso, e uma cozinha extremamente coesa. Tem os vocais também, excelentes, e combinaram perfeitamente com todos estes outros elementos, só faltou um pouquinho mais de agressividade. Mas nesta demo homônima, o que mais me agrada são as guitarras, os timbres são lindos. Em se tratando de um primeiro trabalho de uma banda tão nova, primeiras experiências em estúdio, produziram um trabalho muito acima da média. Toda orgulhosa e feliz com o resultado final deste single Eveline comenta. “Nosso processo de gravação foram fases: felizes, conturbadas, trabalhosas e satisfatórias. Afinal quem é músico (até quem não é) sabe o barato que é poder mostrar as pessoas algum trabalho seu com uma qualidade legal. Digamos que foi um esforço de trabalho que deu super certo. O processo de gravação em estúdio para nós serviu muito de experiência, foi nosso primeiro demo e tivemos muitos defeitos assim como qualidades, escolhemos músicas digamos que mais simples, com o receio de não ter um resultado totalmente satisfatório, mas particularmente acho que nunca vou ficar completamente satisfeita (risos) afinal sempre temos algo a melhorar no nosso som. De qualquer forma foi o primeiro demo e foi um bom resultado.” A verdade é que a gravação de um trabalho é sempre um marco na história de qualquer banda, para Blue Sheep não será diferente, uma nova fase se inicia, a banda agora se prepara para fazer uma turnê de divulgação do trabalho pelo nordeste, já com nova formação, já que Liane deixou a banda e Rayan assumiu as baquetas. Esperamos que Feira de Santana esteja na rota desta turnê, enquanto esse dia não chega, Rolling the Rock!!!!




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Nova Música do Forgotten Boys

quinta-feira, 18 de março de 2010


You Draw The Line! Este é o nome da nova música do Forgotten Boys. Ela que é uma das mais importantes bandas de rock de São Paulo presenteia seu público com esta bela música. A banda não gravava nada desde o fim de 2008 quando Chuck Hipólito deixou o grupo, mas não parou, vários shows e nova formação, um tecladista e um percussionista foram adcionados mas este último não durou muito, e sua saída deu lugar a outra guitarra. You Draw The Line é excelente e nos deixa ansiosos pelo novo disco que não tem previsão para sair,. You draw the line não é uma canção nervosa, mas tem muito balanço, guitarra marcante e refrão pegajoso. No fim é uma canção típica do Forgotten boys.


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TINA TURNER - ACID QUEEN (1975)

quarta-feira, 17 de março de 2010


Estamos no terceiro mês de 2010 e eu ainda não encontrei nenhum lançamento bom de verdade, alguma coisa legal para ficar ouvindo por semanas a fio, não, muitos discos tem sido lançados, mas é uma mesmice sem fim. Então decidi comentar aqui alguns discos que eu gosto muito e que logicamente não foram lançados em 2010.
Para começar, Acid Queen, segundo álbum solo de Tina Turner, não se trata de um disco excepcional, mas as versões contidas nele são maravilhosas.
Em 1974 Tina decidiu trabalhar sua carreira solo, lançou um disco, mas ainda era um trabalho paralelo ao dela com Ike Turner, ela já estava cansada das constantes brigas e de viver apanhando de Ike, era o início da separação. Em 1975 ela aproveitando o gancho de sua participação no Filme Tommy, opera rock do The who, lança Acid Queen, além da faixa título ainda havia “I can see for miles” também do quarteto britânico. Mas no disco tem outras surpresas interessantes como as versões de músicas dos Stones, “Under my tumb” e “Let's Spend The Night Together”, as duas surpreendentes, mas no quesito releituras, a melhor é sem dúvida “Whole Lotta Love” do Zeppelin que acabou alcançando o 61° lugar na Billboard em 76. A prova de que Tina não havia se desvinculado totalmente de seu marido é a presença ainda de composições dele no álbum, coisa que só vai mudar depois de 78 com a separação definitiva do casal. Acid Queen passa longe da Tina Turner que conhecemos nos anos 80, mas não é um trabalho que deva ser ignorado de maneira nenhuma, pelo contrário, deve ser parte da discoteca básica de qualquer amante de boa música.





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CERVA GRÁTIS - APRECIE SEM MODERAÇÃO - 2009

terça-feira, 16 de março de 2010


Sabe quando você está ouvindo alguma banda e alguém chega e lhe pergunta o que está escutando e você tem que se retorcer todo para descrever o som da banda, dizer que eles fazem um som experimental, lo-fi, post-rock, com influencias de tal banda e mais isso e aquilo? Ouvindo Cerva Grátis, você não vai ter este problema, vai ser até prazeroso responder esta pergunta, pois quando você estiver ouvindo este powertrio lá de João Pessoa –PB, e alguém lhe indagar sobre eles, basta dizer que está ouvindo Rocknroll! É, sem frescura mesmo, rock direto, nervoso, despretensiosos e de muito bom gosto. Este album “Aprecie sem moderação”, título perfeito para o disco de uma banda chamada Cerva Grátis, foi lançado em 2009, belos riffs, muita energia, peso na medida certa e letras bem humoradas, tornam esta bolachinha um dos melhores discos do ano. “Aprecie sem moderação” contém apenas 7 faixas, mas ativando o repeat do player, chamando alguns amigos e comprando algumas cervas, comprando? É, neste caso tem que comprar pois cerveja grátis mesmo, só no show dos caras, eles têm essa mania de distribuir cervas nos shows, mas e daí? Com o rock divertido deles a festa é garantida, pagar a cerveja é só um detalhe.

PS: Tive o prazer de ver a banda ao vivo no Panela Rock em Fortaleza, mas eles ainda me devem uma cerva grátis.





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LETUCE - 2009

quarta-feira, 10 de março de 2010


Eu descobri esse disco na minha última visita ao blog audiograma, e viciei no trabalho da Letuce, duo carioca nascido em 2007, e formado por Letícia Novaes e Lucas Vasconcellos. Trata-se de mais um ótimo trabalho dessa nova safra da MPB, uma mistura agradabilíssima de Bossa Nova, guitarras indie (leia-se rock inglês dos anos 2000), blues, elementos eletrônicos, jazz, tropicália, música francesa e por aí vai. Uma amiga minha disse que é como ouvir Los Hermanos com uma voz feminina, pode até ser, mas só se for cantando músicas do disco Quatro. Este album homônimo foi lançado no fim do ano passado pertinho do natal, contém 11 excelentes faixas, mas eu destacaria, Potência, Ballet da Centopéia e Horizontalizar, só por causa do lindo solo de trompete que ela contém.


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SUPREMA - POWER/PROG METAL PELA PRIMEIRA VEZ EM FEIRA DE SANTANA

terça-feira, 9 de março de 2010


A banda Suprema(SP) se apresentará em Feira de Santana no dia 26 de Março fazendo um show que faz parte da sua Nordeste Tour 2010 que percorre as principais cidades da região. O Grupo paulista é um dos nomes mais importante do Power/Progressivo Metal no Brasil. A apresentação da banda reune trabalho autoral com uma parte do show com covers do Iron Maiden, em Recife-PE( 19 de fevereiro de 2009) a banda executou na íntegra o disco POWERSLAVE. Aqui em Feira de Santana a banda se apresenta na primeira edição do HARD'N'HEAVY FESTIVAL, que ocorrerá no dia 26 de Março(sexta-feira)e contará com as bandas, CIMMERIANS(Grave Digger Cover) e a NOMIN (Hard Rock - SSA) que dedicará uma parte do seu show aos covers do VAN HALEN.

Detalhes do Evento:

Data: DIA 26 DE MARÇO
ONDE? ESPAÇO NOBRE
QUEM IRÁ TOCAR? SUPREMA (SP), CIMMERIANS (FSA), NOMIN (SSA)
QUANTO? R$ 8,00 ANTECIPADO, R$ 10,00 NO DIA

Ingressos à venda no Shopping Boulevard e na Barraca de Angêlo - Mercado de Artes

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VALENTIN ( 2002)

domingo, 28 de fevereiro de 2010


Valentin, é um filme Argentino, lançado em 2002, adquiriu muitos prêmios, entre eles, o Audience Award no Newport International Film Festival e Golden Calf Award no Nederland Film Festival.

O filme do escritor e diretor, Alejandro Agresti é encantador. Conta a história de um garoto de 8 anos, precoce, que vive com sua avó. Seus pais se separaram cedo, ele não vê a mãe, o pai aparece de vez enquanto e neste ambiente Valentin nos dá a sua visão de mundo, seus sonhos e toda a sua percepção da vida que se passa na Bueno Aires da década de 60. O diretor tem essa preocupação de situar o expectador em referência à época com detalhes históricos, como a chegada do homem à lua, ou com a morte de Che Guevara. O personagem de Rodrigo Noya cativa com facilidade quem vê o filme, apesar de 8 anos tem uma maturidade que o torna especial, vive pondo seus planos em prática para tentar ajudar os que estão próximo e também contornar seus próprios problemas. Todos os atores têm apresentações fantásticas, mas o ponto alto do filme é sem dúvida Rodrigo Noya, o garoto é muito bom, e o seu trabalho no filme é que torna toda a história maravilhosa. Valentin é um filme sensível, muito bem humorado, divertido e cheio de reflexões muito pertinentes, e o que é mais legal, feita por uma criança. Numa das cenas do filme ele diz: “No museu da minha escola, há uma das coisas mais estranhas que já vi. Um cabrito com duas cabeças, mas o mais estranho de tudo, tudo, tudo, que já vi, é um coleguinha que tem uma mãe e nunca lhe fala, ele sai, lhe entrega a pasta, e pronto. Se eu tivesse uma mãe, a usaria muito mais”. Em outro momento ele diz: ” Há pessoas que parece que não vivem, ou que a vida não lhe é útil.” Está aí um dos melhores filmes Argentinos que já vi. Agresti, que aparece no filme como pai de Valentin conseguiu criar uma história real e comovente, que emociona do início ao fim.

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