Nando Reis e os Infernais - Drês (2009)

Essa semana está meio Titãs aqui no meu blog, segundo disco de um ex-membro da banda, que comento. Será um desejo inconsciente meu de vê-los reunidos novamente?
Bem, vamos falar do Nando Reis e de como definitivamente ele é chato! Eu vivia dizendo isso, mas confesso que este novo cd amenizou essa visão minha dele. Sei de todos os méritos que o cara tem, é um grande compositor, excelente músico, tem uma espécie de assinatura em suas músicas como poucos, ou seja, pode ser Nelson Gonçalves cantando uma composição do cara que você irá saber que se trata de uma música de Nando Reis, e isso é fantástico, no Brasil que me lembro agora que tem essa espécie de assinatura é o Frejat e Cazuza. Não sei como ele define essa estética, para ser tão caracterizada suas músicas, mas enfim... sempre achei ele chato por não consiguir ouvir mais de uma vez os álbuns anteriores. Mas vamos lá!
O nome do novo álbum é “Drês”. Invenção de Nando esse título, juntando o apelido da sua ex-namorada Dri, com o número três, pois segundo o ex-titãs esse é o disco que encerra a trilogia romântica iniciada com o álbum “A Letra A” de 2003. Esse novo cd foi o disco de Nando Reis que mais tempo permaneceu no meu player, e o porquê disso tenho tentado descobrir a cada audição.
O Cd abre com “Hi Dri!”, lembra bastante coisas feita pelo cantor nos tempos dos Titãs, bateria marcante, guitarras mais pesadas , mas ai vem em seguida “Ainda não Passou” baladinha típica de Nando, chata e sem graça. Mas a faixa seguinte “Drês”, as guitarras voltam a aparecer pesadas, e essas guitarras vão e voltam durante todo o disco em músicas como “Mosaico abstrato 2”, “Driamante” e não só é recorrente as guitarras como também a ex-namorada Dri (Adriana) nas letras, aliás o título não veio à toa e quase todas as canções são sobre e para ela. As faixas mais leves, tem um “quê” de Neil Young como em “Livre como um Deus” ou Bob Dylan como em “Só pra So” uma cópia descarada de “If not for you” com direito a levada de violões e órgão com arranjos à lá “A Like rolling stone”, talvez por isso gostei tanto dessa faixa assim como gostei da mais folk do disco “Pra você guardei o amor” excelente, e conta com a participação de Ana Canãs fazendo um dueto belíssimo com Nando Reis. E já que estamos falando de baladas, “Baby, eu Queria” também merece destaque, não sei por que “Ainda não Passou” foi escolhida como carro chefe do disco, com essas últimas três faixas que citei fazendo parte do mesmo trabalho.
Este é Drês novo cd, e para mim, melhor álbum da carreira solo de Nando Reis!